De quantos mais tenho que me despedir?

Se nem deles eu pude me despedir…Quantas Huldas, Nicetes, Vicentes Caetanos, Emerys, Paulinhos, artistas, médicos, professores, pessoas anônimas…

Certa vez, Anísio Silva cantou: “…quero chorar, e não tenho lagrimas…” estou eu nessas condições? à espera de uma notícia? Que Joãos, Marias, Toinhos, Veras, Rogérios, Geraldinos partam e virem apenas mais um número de uma estatística?

Olhando dessa forma até posso assustar meus leitores, mas não é apenas uma relação de nomes conhecidos, ainda faltam os anônimos que nem chorei, nem me despedi por não conhecê-los.

Choros, lagrimas sem despedidas, apenas um adeus distante, como se aquele número não fosse uma parte de mim… Enquanto choramos as partidas sem despedidas, nossas autoridades “brigam” em seus palácios com cheiro de ouro reluzentes, e discutem sobre a tão esperada vacina…

Por quantos mais temos que chorar?

Hoje quero homenagear todas as vítimas da Covid-19 com o nome de Hulda Nunes da Paz filha de Manuel Nunes da Paz e Dilma Ferreira da Paz, que foi uma das primeiras professoras do Conservatório de Música Dalva Stella Nogueira Freire (Escola de Música), com relevantes serviços prestados à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e à música de Mossoró e região.

Quero finalizar citando um trecho de uma canção de Geraldo Vandré “Porque gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente”

2 pensou em “De quantos mais tenho que me despedir?

  1. Essa reflexão tão linda, tão verdadeira e tão dolorida, é o que está afligindo o mundo e não tem resposta que acalme os corações atingidos por essa dura realidade que hoje vivemos.

  2. Lamentável e preocupante a situação do nosso país, principalmente no combate a Covid-19, por parte do Governo Federal.
    Homenagem justa às vítimas, em especial a professora Hulda Nunes…

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