Pronto encontraram o que procuravam a décadas

Finalmente o futebol europeu encontrou a fórmula certa para derrotar o futebol brasileiro.

Os campos de futebol brasileiro sempre foi e será um celeiro de grandes jogadores, isso é um assunto que não se discute, porque todos sabemos, mesmo antes de ganharmos as primeiras copas do mundo, já era percebido pelos europeus.
No final da década de 1950 surgia para o mundo as lendas Garrincha e Pelé ladeados por uma legião de outros fenômenos como Didi, Vavá, Nilton Santos, Beline, Zagalo, Gilmar entre outros.

Esse fato aconteceu precisamente na copa do Mundo de 1958 na Suécia quando o mundo viu surgir um moleque franzino e um anjo das pernas tortas que destruíam as defesas adversárias sem fazerem muito esforços. O mundo do futebol teve que reescrever uma nova história para esse esporte.

Na Suécia, a conquista da primeira Copa: em pé, da esquerda para a direita, Djalma Santos, Zito, Belini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar. Agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagalo e Mário Américo (massagista) 29/06/1958 / Agência O Globo Fonte: https://acervo.oglobo.globo.com

Primeira escrita a ser acrescentada, a partir daquele instante, o futebol mundial tinha um REI, e esse rei era brasileiro, um moleque franzino, preto saído dos campos de terra batida de um lugar chamado Três Corações. O futebol europeu já olhava com certa desconfiança sobre esse possível e longo reinado, não só do fenômeno ‘Pelé’ (afinal o rei tinha apenas 17 anos) como também de todos os seus súditos.
A preocupação dos “gringos” tinha fundamentos palpáveis, e logo começaram uma luta contra essa ascensão meteórica do futebol brasileiro, e foram criando fórmulas táticas, posições de jogadores em campo, gramados especiais, horários de jogos, locais das partidas e mesmo assim, nada funcionou.
Eles chegaram a jogar com um esquema mais ou menos assim 1-1-5-2-1-1(explicando esse esquema: 1 goleiro, 1 libero, 5 defensores, 2 volantes, 1 meia e 1 atacante) o libero, dois defensores e um dos volantes, era apenas para marcar Garrincha o restante marcava Pelé. (Vale lembrar que esses esquemas eram usados pelas grandes potências do futebol da época Itália, Alemanha, Espanha, Inglaterra e Hungria)
Nada disso funcionou. Pesquisas, esquemas, táticas, preparação física… o resultado de tudo isso foi o segundo título mundial do Brasil em 1962 no Chile.

Na copa do Mundo do Chile, um fato assustador aconteceu logo no início da competição, o rei Pelé se machuca e fica fora da copa, fico eu aqui conversando com meus botões, o que os europeus pensaram naquela ocasião… Vamos imaginar…

“- pronto, sem Pelé eles não terão chance” – engano deles, o celeiro de craques estava a todo vapor. Vavá, Amarildo, Didi e principalmente Garrincha deram um show e foram evoluindo a cada partida. Resultado, o Brasil bicampeão do mundo, e nenhum esquema, táticas ou coisa parecida paravam o lindo futebol.

História - 1962 - Chile - CBN

Fonte: cbn.globoradio.globo.com

Veio a copa do Mundo de 1966 na Inglaterra, uma competição fria e quase de cartas marcadas. Nessa copa os europeus encontraram uma tática que funcionou contra nossa seleção. Essa tática seria ‘violência’, a marcação violenta em cima de Garrincha e Pelé era visível e proposital além de permissível, o resultado foi a eliminação precoce do Brasil ainda na primeira fase da competição.
Nessa competição o celeiro de produção de craques estava em pleno vapor, as pernas de Garrincha já quase não atendiam ao cérebro do gênio. Nilton Santos, Vavá, Zagalo, Mauro, Zozimo, Gilmar, Djalma Santos, Zito, Didi encerravam suas carreiras vitoriosas.
As mudas já estavam florescendo e nomes como Jair, Carlos Alberto, Gerson, Rivelino, Tostão, Brito, Félix, Djalma Dias entre outras “mudas” que estavam sendo regadas.
O mundo do futebol que nunca tinha visto Pelé e Garrincha perderem uma copa do Mundo, pensaram que encontraram a fórmula certa de parar o futebol brasileiro (tiramos Pelé do jogo e eles não ganharam mais nada).
O que eles não sabiam era que o celeiro de produção de craques estava em pleno vapor e veio a maior de todas as conquistas, a copa do Mundo de 1970 no México.
O rei Pelé no topo de sua forma física, técnica, mental e com um time repleto de jogadores da mais alta qualidade não deixou nenhuma dúvida, que o futebol brasileiro é o melhor do mundo, nenhuma tática, esquemas, violência conseguiria parar essa máquina de jogar futebol.

Carlos Alberto, Félix, Piazza, Brito, Clodoaldo e Everaldo; Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Rivellino. Este é o Brasil tricampeão do mundo, um time mágico, que resgatou o futebol arte (Foto: Divulgação / Site CBF)

Porém, anos e anos se passaram, e os europeus continuarão a procurar a solução para fazer frente a esse “dom” de jogar futebol. Depois de muito tentarem eles acharam finalmente não destruir essa máquina, mas sim, deformá-la e assim fazendo, a máquina não atende mais para que foi criada.
É simples…
O celeiro está repleto de “mudas”, só que essas mudas, são arrancadas logo depois de germinarem e colocadas em campos inadequados para seu desenvolvimento, e ainda são geneticamente modificadas e tornando-se um produto “misturado”.

Diante desse breve relato, chego a desconhecer completamente o futebol brasileiro de hoje, europeizado nossos jogadores e ainda querem europeizarem nossos técnicos.
É, será que eles conseguiram achar a fórmula de pararem o nosso futebol?
Levam nossos craques, os deformam e nos devolvem completamente irreconhecíveis.

 

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