Vacina da Sputnik adquiridas pelo Consórcio Nordeste chegam ao RN em julho

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As primeiras doses da vacina contra Covid-19 Sputnik V chegam em julho ao Rio Grande do Norte. A previsão foi anunciada pelo presidente do Fundo Soberano da Federação Russa, Kirill Dimitriev, que também prometeu apresentar cronograma completo de entrega das 37 milhões de doses ao Brasil até o final de junho, em reunião com os Consórcios Nordeste e Amazônia Legal nesta terça-feira (15/06).

O contrato do Rio Grande do Norte é de 300 mil doses. O vice-governador, Antenor Roberto, avaliou de forma positiva a reunião. “A expectativa dos governadores é acelerar o programa de imunização no Nordeste, incluindo nos lotes das vacinas agora um novo imunizante”, declarou, afirmando também que a vacina russa contribuirá para que a meta, anunciada pela governadora Fátima Bezerra, de vacinar a população adulta até setembro seja alcançada.

A Anvisa concedeu na última sexta (4) autorização com condicionantes para governos estaduais importarem a vacina russa, que tem eficácia de 80% com a primeira dose e de 95% com duas aplicações, de acordo com o Dimitriev.

Além do Rio Grande do Norte, solicitaram autorização para importar a Sputnik: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins, além dos municípios de Maricá e Niterói.

Anvisa aprova remédio para tratar a Covid-19

O remdesivir é um medicamento antiviral desenvolvido pela farmacêutica americana Gilead, que começou a ser desenvolvido em 2009. Inicialmente, ele foi testado contra hepatite C e contra o vírus sincicial respiratório, que causa a maioria das pneumonias e bronquiolites em bebês.

Um estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos mostrou que o uso do medicamento em paciente avançados de Covid-19 reduziu em 31% o tempo de internação, de 15 para 11 dias em média. O estudo apontou também uma redução da mortalidade (de 11,2% para 8%), mas o resultado não é estatisticamente significativo.

A recomendação do uso do remdesivir não é unânime. Em outubro do ano passado, a OMS divulgou uma pesquisa feita com mais de 11 mil pacientes que receberam cloroquina/hidroxicloroquina, interferon, lopinavir/ritonavir e remdesivir, de forma isolada ou combinada.

Os resultados mostraram que nenhum deles reduziu de forma significativa a mortalidade ou tempo de hospitalização.