Energia solar é alternativa para a agricultura familiar

Carlos Antônio Ferreira de Araújo, agricultor familiar do município de Vera Cruz, adquiriu o sistema de energia solar para manter a irrigação das culturas de batata, milho, feijão, macaxeira e inhame. Através do projeto de crédito elaborado pela Emater-RN e contratado pelo Banco do Nordeste, Carlos Antônio consegue gerar, por meio de 216 placas fotovoltaicas, 11.500 kwatts por mês.

O agricultor familiar antes desembolsava por mês uma média de R$ 9 mil com energia elétrica. “Hoje pago cerca de R$ 3 mil de prestação ao banco, uma economia de até R$ 6 mil”, comemora.

Carlos Antônio financiou R$ 240 mil durante nove anos e conseguirá manter, com economia e produtividade, uma área de 50 hectares. Ele comercializa sua produção para mercados de Natal e de Campina Grande. “A energia solar foi um incentivo muito importante para a gente da agricultura familiar, pois a energia elétrica está aumentando muito”, ponderou.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), nos últimos dois anos foram instalados 441 sistemas de geração de energia fotovoltaica no meio rural potiguar.

De acordo com o diretor-geral da Emater-RN, Cesar Oliveira, o trabalho que o Governo do Estado realiza, por intermédio da instituição e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf-RN), em parceria com as prefeituras e bancos, é fundamental para que os agricultores e agricultoras tenham acesso a uma tecnologia limpa, seja no uso da irrigação, em empreendimentos como casas de farinha, entre outros.

“Os custos com energia elétrica subiram de forma assustadora no Brasil no período recente. Com a implantação da energia solar, os agricultores e agricultoras terão oportunidade de reduzir seus custos de produção, utilizar tecnologia limpa e produzir alimentos saudáveis com mais qualidade”, considerou Cesar Oliveira.

Outro argumento utilizado para estimular novos investimentos em energia solar é a Lei nº 14.300/2022, de 7 de janeiro, que estabelece o Marco Legal da Geração Distribuída e institui a cobrança com os custos de distribuição dessa fonte energética para quem a produz. Porém, aqueles que realizarem o investimento até 6 de janeiro de 2023, estarão isentos da cobrança de taxas até 2045, segundo a legislação.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que o Brasil ultrapassou em março de 2022 a marca de 10 gigawatts (GW) de potência instalada em micro e minigeração distribuída de energia elétrica, aquela que é gerada pelos próprios consumidores. Essa quantidade é o bastante para abastecer aproximadamente 5 milhões de unidades residenciais brasileiras, ou seja, para atender quase 20 milhões de pessoas.

Entre os fatores que provocaram o aumento da procura por energia solar, o recente aumento da tarifa de energia elétrica, decorrente da crise hídrica, além da disponibilização de financiamento específico para a aquisição de equipamentos e instalação dos sistemas fotovoltaicos nos empreendimentos rurais.

Segundo informações do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), agricultores familiares e produtores rurais podem acessar financiamentos rurais com taxas a partir de 3% ao ano, através do Pronaf Bioeconomia ou FNE Sol para produtor rural, respectivamente.

O Banco do Nordeste é um dos principais agentes impulsionadores desta tecnologia, através do fornecimento de linhas de crédito específicas para o produtor rural, com as melhores taxas do mercado. “Nossos gerentes estão participando dos dias de campo da Emater e do Circuito RN Solar Rural do Sebrae para promover essas linhas de crédito e levar mais sustentabilidade aos empreendimentos rurais do RN”, disse o superintendente estadual em exercício do BNB, Irrailson Ferreira.

ACESSO AO CRÉDITO

Para terem acesso ao crédito rural, os agricultores familiares precisam ter a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), emitida pela Emater-RN. A DAP é um passaporte de acesso às politicas públicas no meio rural e, no caso dos financiamentos bancários, é esse documento quem oferece segurança jurídica às transações.

Em 2021, a Emater-RN contabilizou 64.509 DAPs ativas no Rio Grande do Norte, documento esse que contribui para o acesso da população do campo ao crédito e a outras políticas públicas voltadas ao meio rural.

No ano passado, os projetos de crédito rural elaborados pela Emater-RN representaram uma movimentação superior a R$ 12 milhões. A partir do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), os agricultores familiares e assentados da reforma agrária têm acesso ao crédito, podem investir nas suas propriedades com baixas taxas de juros e que contribuem para uma baixa inadimplência.

Os projetos de crédito são baseados nas necessidades produtivas dos agricultores e agricultoras familiares. Além de fazerem o projeto de crédito e encaminhá-lo até a instituição bancária, os técnicos da Emater oferecem assistência técnica nas unidades produtivas.

Fonte: ASSECOM/Governo-RN

Empresa norueguesa confirma construção de usina solar em Assu

Com investimentos de R$ 1,7 bilhão e início das obras previsto para abril, a norueguesa Scatec vai construir no Rio Grande do Norte o maior empreendimento global da empresa na área da energia solar. Os detalhes finais do Projeto Mendubim, que vai ocupar uma área de 1.200 hectares no município de Assu, foram apresentados na tarde desta quarta-feira (09/02) ao governo do Estado pelo diretor executivo Roar Haugland; vice-presidente de finanças e gestão de ativos no Brasil, Marcelo Dias, e a gerente de novos negócios, Deborah Canongia.

A construção vai durar 17 meses, gerando 1.200 empregos diretos e indiretos ao longo do período, com prioridade para contratação de mão de obra local. Presente em 23 países, a Scatec desenvolve, constrói, mantém e opera usinas solares, eólicas e hidrelétricas e soluções de armazenamento.

Fundada em 2007, com sede em Oslo, a Scatec é uma das principais produtoras de energia renovável do mundo. Em 2017, a empresa firmou parceria com a Equinor para o desenvolvimento de parques solares no Brasil.

RN deve ser o 1º estado do país a produzir energia eólica offshore

O Rio Grande do Norte caminha para ser o primeiro estado do país a ter produção de energia eólica offshore (no mar). Para isso, a governadora Fátima Bezerra assinou nesta segunda-feira (13/09) memorando de entendimento entre o Governo do Estado e a Internacional Energias Renováveis (IER) a fim de promover desenvolvimento e implantação de projetos de geração de energia eólica offshore e produção de hidrogênio verde.

A IER é uma empresa potiguar de consultoria e projetos em energias renováveis com mais de 2GW de projetos desenvolvidos na região Nordeste. Em 2020, iniciou pesquisa relativa a projetos de energia eólica offshore, associado à geração de hidrogênio verde, no litoral setentrional do RN. O Complexo Eólico Offshore Ventos Potiguar prevê instalação de cinco usinas com capacidade de 2,7 gigawatts, 207 geradores, no mar localizado entre os municípios de Pedra Grande e São Bento do Norte, distante 8 quilômetros da costa.

“Desde o início do nosso governo, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), definimos um planejamento energético para o RN. Isto vem apresentando resultados altamente positivos ao longo dos anos. Recentemente, o RN foi o estado que mais captou novos investimentos no leilão para geração de energias renováveis, agora estamos dando passos firmes para consolidar o primeiro parque de produção de energia no mar do Brasil. Fico feliz por que é resultado de muito trabalho, compromisso, seriedade de uma equipe competente e comprometida com o Estado e com o seu povo”, afirmou Fátima Bezerra, para acrescentar: “o RN está na vanguarda do processo de geração de energia no país. Certamente, isso vai contribuir para ativar diversas cadeias produtivas e gerar trabalho, emprego e renda.”

A capacidade do projeto representa quase a metade dos atuais 5,7 gigawatts que o estado produz hoje. “É quase a metade de tudo que é gerado atualmente em energias renováveis e vai acrescentar a produção de hidrogênio verde. O trabalho do Governo do Estado transforma a realidade”, afirmou o secretário da Sedec, Jaime Calado. “O planejamento energético feito no início atual gestão vem se consolidando. O Estado também contrata estudos para viabilizar empreendimentos atraindo projetos e investimentos”, destacou Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético da Sedec.

O diretor executivo do IER aproveitou para que o projeto está com trâmites avançados junto ao Ibama, Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e vai iniciar no Idema. Gibran Dantas reafirmou o discurso da governadora Fátima Bezerra – “o RN poderá ser pioneiro no Brasil, ser o primeiro estado a ter usina eólica offshore no país”. Darlan Santos, diretor técnico do IER, ressaltou que o RN já é destaque no Brasil pela produção de energia renovável em terra. “Agora vai ser no mar. Este novo projeto tem estimativa de investimento para implantação de R$ 18 bilhões com geração de 5 mil empregos na execução, instalação de 207 torres geradoras em 5 usinas.”

Fonte: ASSECOM-Governo/RN

Energia renovável: riqueza do RN

Nessa quarta-feira (23) o Governo do Rio Grande do Norte discutiu sobre a instalação de infraestrutura para atrair investimentos e usinas de produção de energias renováveis offshore (no mar) do RN. Na reunião estiveram presentes a governadora Fátima Bezerra com os secretários de estado do desenvolvimento econômico, Jaime Calado, da Infraestrutura, Gustavo Coelho, da Tributação, Carlos Eduardo Xavier e com o professor e pesquisador da UFRN Mario González.

Estudos apontam o litoral do RN como a área mais viável em todo o país, devido as condições geográficas e de vento superarem outros estados e regiões.