Assembleia Legislativa do RN aprovaram o projeto que definem as atividades educacionais como essenciais em período de calamidade pública.
“Esse projeto foi feito depois de ouvirmos representantes das escolas privadas do estado, que se reuniram comigo na Assembleia Legislativa, mostrando as dificuldades que o setor vem apresentando, não só na parte econômica. Tornar a educação essencial no RN é de fundamental importância para nossos jovens, que estão privados não só da aula presencial, mas também das relações de amizade, do cotidiano dentro da escola e das atividades físicas e culturais”, defendeu Ezequiel Ferreira, presidente da Casa e autor do projeto de lei.
O deputado estadual Jacó Jácome votou pela aprovação da abertura das Escolas do RN, como serviço essencial. “Consideremos a atividade escolar um serviço essencial, mas com cuidados e medidas que deem segurança aos alunos e professores. Que estes estabelecimentos sigam as normas sanitárias de combate e prevenção ao Covid e que o Governo esteja atento ao cumprimento desse funcionamento, afinal ainda enfrentamos uma situação grave de pandemia”, ressalta o deputado Jacó Jácome.
Jacó destaca ainda os riscos para educação e socialização das crianças com esta paralisação da educação. “O ensino remoto é difícil, para o acompanhamento de pais e alunos e o aprendizado pode ser muito prejudicado. Estudos mostram ainda que as escolas não são destaque de contaminação na pandemia”, conclui.
Compreendendo os impactos da pandemia da covid-19, as igrejas têm intensificado seus trabalhos de ajuda ao próximo através de ações sociais. Prova disso, A igreja Evangélica Assembleia de Deus em Mossoró realiza uma ação de arrecadação de alimentos não perecíveis, denominada: Semana Solidária. A campanha tem como intenção arrecadar o máximo possível de alimentos, segundo os organizadores a meta é arrecadar 300 cestas básicas até o dia 02 de abril (sexta-feira), que serão entregues às famílias vulneráveis nesta pandemia. Quem desejar ajudar, poderá fazer a sua doação no Templo Sede da Igreja na Av. Leste Oeste ou por meio de transferência bancária para o Centro Social Heróis da Fé.
O Governo do Rio Grande do Norte esteve reunido nesta terça-feira (30/03) com representantes do setor privado de ensino para conversar sobre as medidas de restrição adotadas para combater o avanço da pandemia e a possibilidade de retomada das aulas presencias. Até o dia 2 de abril, está em vigor o Decreto Nº 30419, de 17 de março de 2021, que determina “medidas de isolamento social rígido” em todo o estado, suspendendo atividades não essenciais e aulas presenciais a fim de reduzir a pressão no sistema de saúde.
A governadora, professora Fátima Bezerra, recebeu as sugestões do segmento e apresentou o cenário atual da pandemia, ainda com elevadas taxas de ocupação de leitos críticos, apesar da expansão de UTIs promovida pelo Governo. “Nosso dever é escutar a sociedade civil. O Pacto em Defesa da Vida não é um slogan, é um exercício da nossa gestão. E significa isso que estamos fazendo, diálogo permanente com todos os poderes, sociedade civil, setor produtivo, empresarial, no caso aqui as escolas privadas”, disse, avisando que tudo será considerado para a tomada de novas decisões.
“A nossa proposta seria de trabalhar o modo híbrido, com 50% dos alunos, o que diminuiria 50% a circulação. Não vou dizer que na escola não tem Covid, mas o risco é menor, porque temos acompanhamento de protocolo”, disse o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Natal, Alexandre Marinho.
Presidente da Associação dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Rio Grande do Norte (AEEP), Eduardo Campos reiterou o pedido, elogiando a participação da representante potiguar no Fórum de Governadores. “Sei que a senhora busca a vacinação para os profissionais da Educação e da Segurança, além dos da Saúde que já foram contemplados.”
Fátima salientou que entende que a suspensão das aulas gera impacto financeiro para os donos de estabelecimentos escolares e para o emprego de centenas de pessoas e que as decisões consideram esse aspecto, além da crise sanitária. “Eu não faço essa dicotomia entre vida, emprego e economia. Sem vida não vai ter economia e emprego. Respeito os que pensam diferente, mas não consigo enxergar essa divergência”, ponderou a governadora.
A chefe do Executivo estadual lembrou ainda que parte dos estudantes de escolas públicas estão sem qualquer atividade há mais de um ano por não terem acesso à internet e que é urgente ampliar a vacinação para a retomada das aulas em todas as escolas. “O país vai muito mal no enfrentamento à pandemia. Nós da Educação entendemos a importância da ciência. Demos o azar de ter a maior autoridade do país desprezando a ciência, desdenhando do uso da máscara, incentivando aglomeração, e não dando atenção ao Plano Nacional de Imunização”, destacou.
A mediação do encontro foi do secretário de Estado da Educação, Getúlio Marques, contando ainda com a secretária adjunta do Gabinete Civil, Socorro Batista. Participaram também representantes do Conselho Estadual de Educação e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.